We hate it when our friends become successful

Sou uma péssima pessoa. Ao invés de sentir felicidade pelo sucesso dos meus amigos; sinto inveja. Comparo suas conquistas com minha derrota generalizada. Me sinto ficando para trás e asfixiado.

Esse ano tomei uma decisão importante..., mas o medo de fracassar é tão grande. Queria ter força e mais determinação para enfrenta-lo. Parece que já desisti sem tentar, eu sei. Não seria novidade para mim. Vou procurar me fortalecer, estudar para esse exame e me arriscar. Tenho que dizer isso inúmeras vezes para mim mesmo. É preciso.

Pai de Daniel Zamudio: “quando se tem um filho gay e você o ama, você deixa de ser machista”

[entrevista traduzida do site chileno The Clinic Online e autoria de Camila Gutiérrez. Publicada em 22 de março de 2012]

Essa história começa com um anonimato: Iván Zamudio tem uma trajetória como qualquer outro. Namorou, casou, teve filhos e se separou. Uma trajetória comum até que o seu segundo filho, Daniel, foi golpeado brutalmente por não ser heterossexual. Então, Iván, precisa se armar novamente.

Iván Zamudio tem 20 anos, talvez, e gosta de Donna Summer. Gosta de mulheres morenas como Dona Summer, ou como Jacqueline, que vai ao colégio quando começam a namorar. Iván Zamudio tem 23 anos quando se casa com Jacqueline. Tem mais de 40, quando se separam. Tem 50 – exatos – quando sua vida, parecida com a de qualquer um, se transforma em algo que não havia pensado: 5 de março, 2012, o sobrenome Zamudio deixa de ser anônimo porque seu segundo filho, Daniel, é encontrado quase morto no Parque San Borja.

A vida de Daniel Zamudio antes do ataque brutal

[matéria traduzida do site chileno The Clinic Online e autoria de Camila Gutiérrez. Publicada em 7 de março de 2012]

Quando pequeno, gostava de cozinhar comida chinesa e desenhar o naufrágio do Titanic. Agora estava trabalhando em uma loja de roupas, queria terminar o ensino médio e juntava dinheiro para poder estudar modelagem. Uma vida como qualquer outra, mas com uma história de injustiça: a de um rapaz de 24 anos que, por não fazer nada – por simplesmente ser gay – foi arrastado pela terra, terminou violentado por um grupo neonazista, com suásticas em seu corpo e em coma.

Se começar pelo final, a imagem é de Jaqueline Vera rezando, esperando em casa pelo segundo de seus quatro filhos, aquele que quer estudar modelagem, aquele que trabalha em uma loja de roupas – Daniel – voltar.

Jaqueline ainda não sabe que ele está atirado numa praça, que uma parte de sua orelha está cortada, que tem suásticas no peito e nos braços feitos com o gargalo de uma garrafa, que um grupo neonazista o atacou e o arrastou pela terra até as feridas se encherem de formiga.

Neonazistas deixaram em coma um jovem gay após agressão, deixando marcas de suásticas em seu corpo e uma orelha cortada

[matéria traduzida do site chileno The Clinic Online. Publicada em 6 de março de 2012]

Um homossexual está em coma após ser atacado por um grupo de neonazistas, que também marcou suásticas em seu corpo e cortou parte de sua orelha, segundo denúncia feita hoje por entidades associadas a defesa de minorias sexuais.

Em um comunicado, o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh) divulgou que a agressão aconteceu no último fim de semana e que o jovem, identificado como Daniel Zamudio, de 24 anos, se encontra em coma na Postal Central (hospital de urgências) de Santiago.